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A influência do sono na qualidade de vida


Em um mundo em que a rotina diária demanda tempo, energia e flexibilidade, muitas pessoas acabam deixando os cuidados com o sono de lado. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 40% da população mundial dormem mal. Essa dificuldade de ter um sono de qualidade ocorre devido aos chamados distúrbios do sono, os mais comuns são a apneia do sono, a insônia e a síndrome das pernas inquietas.

O neurologista e médico do sono, Rogério Beato, aponta que muitos se esquecem que o sono é de extrema importância para manter a qualidade de vida. “O sono é muito importante para o funcionamento do corpo como um todo. Ele ajuda a regular os hormônios e é extremamente determinante para a questão psicológica. É no sono que assimilamos tudo o que foi aprendido durante o dia e processamos informações relevantes para nossa vida”, ressalta.

Beato explica que a má qualidade do sono está diretamente ligada aos hábitos diários. “Comer ou consumir bebidas alco- ólicas logo antes de ir dormir não é bom. A pessoa pode até pegar no sono rápido, mas vai ter problemas no segundo e terceiro estágio do sono, com uma atividade cerebral ruim. As atividades físicas também deixam a pessoa agitada, o que interfere negativamente no sono. O ideal é ficar de duas a três horas desperto após qualquer atividade e antes de se deitar e dormir”, explica.

Além disso, o especialista ressalta a influência do ambiente do local do sono e a questão dos aparelhos luminosos. “A qualidade do sono está muito ligada também ao ambiente, que deve ser favorável ao descanso, sem barulho e sem luminosidade”, destaca. Segundo Beato, não é recomendada a utilização de smartphones no período reservado para o sono, pois o aparelho deixa a pessoa desperta. Ele explica que essas luzes criam uma excitação que inibe o lançamento noturno da melatonina, hormônio responsável por produzir o sono.

Disciplina

Para reverter esse quadro, é preciso ter um maior cuidado com o período do sono. O Ministério da Saúde recomenda chegar em casa pelo menos três horas antes de dormir e dedicar-se a um período de relaxamento para condicionar o corpo e a mente para uma noite de sono melhor. Deve-se, nesse período, ter uma alimentação leve. Além disso, é indicado não utilizar a cama para se alimentar, ler, assistir televisão. É recomendado ainda ter um horário regular para se deitar e levantar. Sobre o tempo ideal para o sono, Beato explica que é preciso descobrir com quantas horas o corpo demonstra estar descansado. “Em média o tempo ideal de sono é de oito horas, mas isso é muito relativo, vai de cada um. Existem pessoas que estarão plenamente satisfeitas com cinco horas de sono e outros vão precisar de mais, chegando até a 10 ou 11 horas. Não há uma regra”, destaca.

É preciso, sobretudo, estar atento à rotina diária e à qualidade do sono. Caso o sono esteja ruim, é necessário mudar a rotina. Em casos específicos como a apneia do sono e a síndrome das pernas inquietas, é recomendável procurar o médico para o tratamento.

O QUE FAZER PARA DORMIR MELHOR

• Estabeleça um ritual de relaxamento antes de dormir;

• Se não pegar no sono após 15 ou 30 minutos, levante-se e vá para outro recinto ler. Evite assistir televisão, principalmente programas que despertam adrenalina;

• Evitar o consumo de alimentos como chá preto, café, bebidas do tipo cola ou guaraná e bebidas alcoólicas e comer muito próximo ao horário de dormir;

• Não realizar exercícios intensos próximo ao horário de dormir. Manter as regras inclusive nos finais de semana;

• Ao acordar, deixe a luz do sol entrar em seu quarto;

• Os sons, a luminosidade e a temperatura podem interferir na qualidade do sono. O corpo humano precisa de uma temperatura agradável e de um ambiente silencioso, com o mínimo de iluminação, para um bom sono;

• Durma apenas o tempo suficiente para se sentir bem. Ficar na cama mais do que o necessário pode fragmentar ou superficializar o sono da noite seguinte.

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