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Hipersensibilidade a sons é uma doença que pode ser tratada


Carros, buzinas, músicas, conversas altas... quem mora em grandes cidades, como em Belo Horizonte, já está até acostumado com esses barulhos. Mas há quem se irrite não só com essa poluição sonora, mas também com atividades simples, como o som do toque da caneta e do bater no teclado, por exemplo.

Esse incômodo excessivo com sons é chamado de misofonia (do grego e quer dizer “aversão ao som”), uma verdadeira intolerância a pequenos barulhos. Conhecida também como Síndrome de Sensibilidade Seletiva do Som, a misofonia é caracterizada por uma hipersensibilidade aos sons do cotidiano, como uma torneira pingando ou uma pessoa mascando chicletes.

O professor e coordenador pedagógico, Eduardo Goulart de Macedo, sabe bem o que é isso. Morador do Jaraguá há oito anos, ele conta que já se mudou cinco vezes dentro do bairro por causa de barulho de vizinhos. “Tenho sofrido com problemas de saúde por causa do barulho de galos e cães da minha vizinhança. Sou professor e não tenho conseguido trabalhar nem dormir em minha casa”, desabafa.

Esse transtorno auditivo aparece no final da infância, mas também pode ser adquirido no decorrer da vida. Normalmente, o ouvido está impecável, mas há alteração de ondas cerebrais com ondas mais rápidas, causando uma hipersensibilidade “É um distúrbio, uma irritação da cóclea, conhecida como o ‘caracol do ouvido’”, explica o otorrinolaringologista Everaldo Silva.

Existem graus de classificação para a misofonia. Ao todo, a doença apresenta onze níveis e o diagnóstico é feito por exames específicos. “Quando a pessoa já começa a sentir esses sintomas de hipersensibilidade auditiva, é aconselhável procurar um especialista para fazer os exames e, então, realizar o tratamento clínico”, esclarece o médico.

Se não for tratada da forma correta, a doença pode causar sérios problemas pessoais, levando a pessoa a um isolamento social e podendo se tornar histérica ou até mesmo violenta. No entanto, as consequências podem ser ainda maiores. “Não é tão comum, mas em alguns casos pode chegar à perda auditiva isolada”, alerta Everaldo. Portanto, se você começar a se sentir incômodos com barulhos simples que antes não sentia, procure um médico o mais rápido possível. Quanto antes você começar a se tratar, melhor para a sua saúde e para o seu bem-estar. (Marco Túlio Câmara)

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