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Tecnologia facilita tratamentos odontológicos


“A ida ao dentista é sinônimo de medo e dor!” Essa é a opinião de 15% dos brasileiros que não vão ao odontologista, segundo pesquisa do Conselho Federal de Odontologia (CRO). Esse fato se deve principalmente aos barulhos feitos pelos aparelhos durante o tratamento, ao medo de anestesias e suas agulhas, além da falta de informação a respeito dos tratamentos.

Atualmente, os consultórios odontológicos estão preparados para darem ao paciente a melhor assistência possível nos cuidados com a saúde e estética bucal. E a tecnologia tem sido de grande valia para os profissionais, já que estes têm mais clareza do que deve ser feito, e o tratamento se torna cada vez mais rápido e menos invasivo.

A qualidade aumentou e, com isso, agora é possível manter um arquivo atualizado e visual da saúde bucal do paciente, como conta a odontologista Flávia Silva: “Uma aquisição tecnológica foram as câmeras intraorais, que são ligadas nos monitores na cadeira. Elas mostram uma visão que dificilmente o paciente tem em casa”. E o periodontista Ricardo Coelho completa: “Para não precisar dar um espelho para o paciente tentar olhar, o profissional filma o dente com a câmera e a imagem é transmitida na televisão acoplada à cadeira. Esse equipamento permite o aumento da imagem em cerca de 60 vezes.” E não somente para uma melhor visão de quem está sentado na cadeira do dentista, mas para o próprio profissional é útil ter essa possibilidade. “Hoje já podemos fazer um planejamento virtual de um tratamento e a simulação para que o paciente possa ‘prever o resultado’, tirar radiografias e enviá-las diretamente para o computador”, conta a odontologista Michelle Soares.

Outros equipamentos auxiliam na praticidade dos consultórios, como os lasers, que já são usados para clareamento dentário, além de evitar dores e infecções. A própria porcelana está cada vez mais próxima do esmalte natural do dente, conferindo restaurações e lentes quase imperceptíveis aos olhos. A odontopediatra Brisa Tacchi conta que, para crianças, é importante que os restauradores sequem rapidamente, pois elas não conseguem ficar muito tempo de boca aberta. Então, o que for colocado onde havia cárie precisa secar rápido. “Não podemos deixar de mencionar a utilização de células-tronco, que já está em fase avançada de pesquisa, e, aplicada à odontologia, promete regeneração de tecidos e estrutura dental”, reforça a odontologista Fabiana Álvares.


Ansiedade e ambiente

A ansiedade também pode ser atenuada com o uso da tecnologia. “As intervenções têm sido cada vez mais rápidas e menos desconfortáveis. Sem contar o maior esclarecimento acerca do que está sendo feito para a saúde bucal dos pacientes”, contou Fabiana Álvares. Brisa Tacchi concorda, dizendo que para um procedimento de canal, por exemplo, era preciso três ou quatro idas ao dentista. “Agora, em uma sessão, de aproximadamente uma hora, o tratamento de canal está pronto”. Ela também esclarece a respeito do implante: “Os melhores implantes do mercado permitem a osseointegração mais rápida. Assim, o paciente consegue colocar a coroa de porcelana em 21 dias, o que antigamente demorava até seis meses!”

Vários consultórios já contam com televisores e música ainda na sala de espera para distrair os pacientes. Além desses recursos, o acesso à rede Wi-Fi é sempre requisitado para “matar o tempo” e a inquietação pré-consulta. Já durante a consulta, o medo e estresse podem ser grandes. Por isso, os dentistas Flávia Silva e Ricardo Coelho não lançam mão da tecnologia: “Nós temos uma coletânea de DVD que tem desde Roupa Nova, MPB, passando até por alguns Rocks mais pesados. Tem música para todos os gostos! Isso faz com que o paciente preste atenção no vídeo e se distraia do procedimento que está sendo feito, o que diminui a aflição”.

A tecnologia traz facilidades não só para os pacientes e dentistas, mas também para os secretários, que marcam e confirmam horários de consultas por meio de aplicativos e mensagens. Até liberação de senhas de operadoras de convênio são feitas por computadores e celulares.


O que a tecnologia não mudou

Por mais avançada que seja a clínica odontológica, existe um processo que continua insubstituível: o contato humano. Afirmação unânime entre os entrevistados, a odontologista Michelle Soares acrescenta: “Somente o profissional, por meio de seu conhecimento técnico e científico, tem a condição de diagnosticar e traçar um plano de tratamento adequado para cada paciente”. O carinho e cuidado entre as pessoas é um diferencial para o tratamento e prevenção de problemas dentários, como contaram Ricardo e Flávia. Além do lado humano, a base nunca vai ficar obsoleta, como afirma Brisa: “A forma de realização de um procedimento muda, mas sua origem, não. De nada adianta ter tecnologia de ponta se o princípio não for respeitado. Isso compromete todo o tratamento”. Muito mais do que bons aparelhos é preciso, antes, ter um bom profissional atuando por trás das máquinas. (Milla Fernandes)



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